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Projeto Educação Arretada da COAR Notícias leva manuais de checagem com linguagem regional a escolas do interior do Nordeste

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O Projeto Educação Arretada, iniciativa da COAR Notícias, vem ganhando força no combate à desinformação em municípios do interior nordestino classificados como desertos de notícias. A ação é coordenada por Marta Alencar e Ohana Luize, conselheira de educação da COAR, e conta ainda com o apoio de Daniel Oliveira, Marilene Gomes e Roberta Diniz, membros da equipe.

Em setembro, a estudante de Jornalismo e estagiária do projeto, Roberta Diniz, foi responsável por apresentar em formato digital os manuais de checagem da COAR em três visitas presenciais a escolas públicas nos estados do Piauí e de Pernambuco, dialogando diretamente com professores e estudantes.

As atividades reuniram turmas do Ensino Fundamental e Médio e, juntas, alcançaram mais de 300 alunos apenas neste mês. A proposta foi apresentar os manuais produzidos pela COAR, que utilizam uma linguagem regional e acessível para estimular a reflexão crítica sobre a desinformação, especialmente em comunidades do interior nordestino.

O primeiro encontro aconteceu em 1º de setembro, na EREM Gênifa Felisbela Nobre, em Serrolândia, distrito de Ipubi (PE). A atividade abriu o mês reunindo jovens do Ensino Médio em um debate que ultrapassou as salas de aula levando estratégias de como lidar com a enxurrada de informações que circulam todos os dias nas redes sociais.

Poucos dias depois, em 12 de setembro, foi a vez do CETI Escola Normal de Picos, no Piauí, receber a visita. Lá, além do interesse dos alunos, quem também se envolveu foram os professores, que enxergaram nos manuais da COAR uma ponte entre o conteúdo escolar e a vida cotidiana. Muitos destacaram o uso da linguagem regional como diferencial para aproximar os estudantes do tema e tornar a mensagem mais clara e significativa.

O ciclo de visitas foi encerrado em 22 de setembro, na Escola Pedro Vicente de Souza, no sertão pernambucano. Desta vez, os protagonistas foram alunos do 8º e 9º ano do Ensino Fundamental, que trouxeram suas próprias inquietações sobre o que consomem na internet. Entre eles, a estudante Emily Vitória, que sintetizou a preocupação da turma ao afirmar: “É importante pra que a gente se atente ao que vê nas redes sociais.”

O professor João Pedro também reforçou o impacto da iniciativa: “Os manuais, por trazerem essa linguagem mais acessível, se tornam um importante meio de atingir o objetivo, que é estimular essa filtragem. É por isso que, principalmente nas redes públicas de ensino, se faz necessário que os alunos tenham esse acesso e compreendam os riscos da desinformação.”

Com essas ações, o Projeto Educação Arretada segue fortalecendo a educação midiática e aproximando o debate sobre desinformação de jovens do interior nordestino.